Indústria gráfica sinaliza índice de crescimento semelhante ao do PIB

Indústria gráfica sinaliza índice de crescimento semelhante ao do PIB

Abaixo da média traçada pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica(Abigraf), o setor deverá crescer 2,7% este ano, acompanhando o desempenho esperado para o Produto Interno Bruto(PIB) nacional

Indústria gráfica sinaliza índice de crescimento semelhante ao do PIB

Com desempenho abaixo do esperado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), o setor da indústria gráfica deverá crescer 2,7% este ano, acompanhando a média que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, provavelmente vai atingir.

“Fomos otimistas demais ao prever um crescimento entre 6% e 7%”, reconhece Mário César Martins de Camargo, presidente da Abigraf, que esperava que a Copa do Mundo e as eleições alavancassem a produção da indústria gráfica em 2006.

Para Camargo, “2,7% é pífio, não representa um crescimento saudável”. Entre as razões apontadas para o baixo desempenho estão a estagnação da economia nacional sentida pelos setores industriais e o excesso de capacidade produtiva das indústrias gráficas.

A expectativa é a de, este ano, a receita de vendas seja de R$ 16, 27 bilhões, o que corresponde a R$ 430 milhões a mais que 2005. Em geral, a produção dos segmentos da indústria gráfica devem crescer uniformemente, mas os de livros e cartões impressos devem despontar com 3%.

A Abigraf já faz previsões para 2007, pela primeira vez utilizando uma consultoria econômica, realizada pela Websetorial. Os valores são mais modestos que a previsão anterior: o crescimento do setor gráfico deverá ser entre 4% e 5%.

Um impacto positivo esperado para o ano que vem, no mercado externo, é a continuidade do embargo americano à China, o que sustenta as exportações de cadernos brasileiros no mesmo patamar. No mercado interno, se a lei que proíbe mídia exterior na cidade de São Paulo for colocada em prática, haverá um impacto significativo para o setor.

Do lado das variáveis positivas, o aumento da renda e queda da taxa de juros podem ampliar a demanda, em especial de cadernos e embalagens. Além disso, a ampliação dos gastos do governo com educação elevará demanda de livros e cadernos. “Com o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), 2007 deverá ser o ápice de compras de livros pelo governo”, afirma o presidente da Abigraf.

Fonte: UOL

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